Páginas

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Relato de Parto da Maria Luíza =)

Uma das certezas que a gravidez da Maria Luíza me trouxe foi que eu queria outro parto domiciliar. A Adriana foi uma das primeiras pessoas a saberem da gravidez, queria garantir que ela e a Camila seriam minhas parteiras.
Passei muito mal nos primeiros meses de gravidez, comer era um martírio, o cansaço e o sono eram surreais, os meses foram passando e as coisas se ajustando.
Fiz questão que o Anthony acompanhasse de perto a gravidez e entendesse que o parto é uma coisa natural, falava para ele que a mamãe gritaria como um leão para que a irmãzinha nascesse, que doeria, mas isso era normal, mostrei vídeos, fotos. A decisão de estar comigo no parto seria dele.
Queria para me acompanhar nesta gravidez um médico realmente humanizado e assim cheguei na Drª Mariana Oliveira, um doce, super competente e excelente profissional.
Como meus ciclos estavam desregulados usávamos a DPP da ultrassom, 14/03/2017, acreditava que por ser a 2ª gestação a Maria Luiza chegaria bem antes desta época, conforme as semanas iam passando e a DPP se aproximando eu ficava ansiosa e frustada.
Faltando uns 3 dias para a DPP tive uma conversa bem séria com a Maria Luíza durante o banho, expliquei todos os meus sentimentos para ela e pedi perdão pela minha ansiedade, disse que iria respeitar o tempo dela, mas que ela não precisava ter medo pois eu estava pronta para recebe-la e enfrentar o mundo com ela. Essa conversa lavou minha alma, a partir deste dia não pedi mais que ela nascesse logo, e a ansiedade deu lugar a tranquilidade, sabia que ela nasceria quando estivesse pronta, bebês sabem nascer e mães sabem parir, simples assim.
Tinha consulta marcada com a Drª Mariana no dia 14/03/2017, mas ela precisou desmarcar, e na verdade até achei bom, porque bem na hora que íamos sair de casa para a consulta começou uma chuva torrencial na cidade, como já tinha chego a DPP achei melhor marcar uma consulta com a Dri e a Camila para fazer o acompanhamento semanal da gravidez, marcamos para o dia seguinte 15/03/2017.
Ainda no dia 14/03/2017 saímos com os meus sogros para comemorar o Aniversário de Casamento deles, comi tudo o que tinha direito e tomei muito suco de abacaxi, porque li que ajuda a entrar em trabalho de parto, já estava tendo pródromos frequentes há uma semana, então nem dei muita bola quando comecei a sentir contrações doloridas, mas bem espaçadas no caminho de volta para casa, as contrações não tinham ritmo e estavam suportáveis. 
Chegamos do restaurante e o Anthony quis ir ver minha mãe, disse que ia dormir na casa dela, deixei, mas sabia que ele voltaria para dormir em casa, ele ficou super grudado em mim na gravidez. 
Umas 10h30 da noite mais ou menos as contrações estavam muito doloridas, mas ainda não estavam regulares, conseguia ficar deitada e massagem aliviava as dores, comentei com o meu marido que não aguentava mais treinar...rsrs, que esses treinos para o parto estavam doloridos demais, ele respondeu que esperava que a Maria Luiza não resolvesse nascer aquela hora porque ele estava muito cansado e queria dormir, já que no parto do Anthony ficamos mais de 24 horas acordados.
Minha mãe foi levar o Anthony para casa as 23h00, já que ele não quis dormir na casa dela, eu estava com uma bolsa de água quente nas costas e com muita dor, o Anthony se aconchegou na nossa cama, mas não queria saber de dormir. 
As contrações começaram a ficar regulares e intensas, levantei e fui tomar um banho, consegui fazer o Anthony dormir, o Diego já estava dormindo, as contrações não me deixavam dormir, decidi levantar e ir ver um filme na sala, continuei com a bolsa de água quente nas costas, coloquei várias almofadas nas costas, mas não conseguia me concentrar no filme e nem ficar sentada quando as contrações vinham, me levantava e começava a andar e rebolar pela sala, vocalizando bastante durante cada contração. Fui para o chuveiro de novo, mas o chuveiro também não aliviava mais, decidi ligar para a Dri, estava com medo de me entregar ao trabalho de parto sem avisar ninguém e acabar parindo a Maria sozinha.
A conversa com a Dri foi bem confusa, acho que já estava na partolândia, já não raciocinava direito, disse que achava que estava na hora, interrompi nossa conversa por duas vezes por conta das contrações, ela pediu para chamar alguém para ficar comigo enquanto elas 
não chegassem, acordei o Diego e disse que estava na hora, ele sorriu, me abraçou e disse que logo logo tudo ia acabar e a Maria estaria conosco, avisou a minha mãe e fomos para a sala.
Na minha memória minha mãe, minha irmã, a Camila, a Adriana e a Neli chegaram quase ao mesmo tempo.Era uma madrugada quente, mas em vários momentos senti frio.
As contrações eram muito mais intensas e doloridas do que no parto do Anthony, o chuveiro não resolvia, as massagens não resolviam e a bola de pilates foi um terror, minha esperança era a piscina inflável.
Perguntei se não era melhor fazermos um exame de toque para ver como estava minha dilatação, a Dri e a Cá me convenceram que não era necessário, fiquei contrariada na hora porque queria saber se estava indo bem ou não, queria saber se ainda demoraria muito para passar aquela dor, mas agora entendo que saber o quanto se está dilatada não ajuda em nada o trabalho de parto ir mais rápido.
A única posição em que eu aguentava um pouco mais a dor era de quatro apoios no sofá e foi assim que permaneci ao longo do trabalho de parto.
A Cá e a Neli precisaram sair para atender outro parto, a Dri então chamou a neonatologista Ana Paula Caldas.
Quando me levantei do sofá para ir para a piscina minha bolsa estourou e senti a Maria descer, entrei na piscina achando que as contrações dariam uma espaçada e elas pioraram, mas não tinha forças para pedir que me tirassem da piscina, pouco tempo depois veio a vontade de fazer força, eu não controlava mais o meu corpo, o Anthony acordou e foi me ver na piscina, me deu um beijo na cabeça e ficou no escritório com todos esperando a irmã nascer.
Senti o círculo de fogo e a cabeça da Maria Luiza começou a sair, mas empacou, a Dri então me pediu para mudar de posição, ela me ajudou a mudar de posição e disse que iria ter que ajudar a Maria a sair, balancei a cabeça permitindo que ela me tocasse, ela então ajudou a Maria a se virar e terminar de sair, senti um alivio imenso e peguei minha filha nos braços quente e escorregadia. A Maria Luiza aparentemente estava engasgada, não chorava e nem tinha reação, foram milésimos de segundos, e então ela começou a desengasgar, a Dri já estava pronta para aspira-lá e tentando entrar em contato com a pediatra, viu que não seria necessário a aspiração e me deu uma fralda limpa e esterilizada para que eu mesma a ajudasse a desengasgar, retirando o fluido da boquinha dela delicadamente com os dedos. 
O pai e o irmão se aproximaram para conhecê-la, ficamos os três olhando encantados para ela, ficamos um tempo assim e então a Maria começou a ficar com frio, apesar de estar coberta com uma fralda quentinha, me levantaram da piscina e foram pegar ela do meu colo, ela se agarrou em mim e começou a chorar bem forte, não queria sair do aconchego da mamãe.
Deitei na minha cama para a expulsão da placenta e para avaliar como estava o canal do parto, nessa hora sentia cólicas intensas, muito parecidas com contração, uns 30 minutos depois fiquei de cócoras e fiz força umas duas vezes e a placenta saiu inteira. Não precisei de ponto nenhum, pari um bebê de 53 cm, 4.100 kg e não tive laceração.
A Drª Ana Paula chegou e foi nos conhecer, aplicou a vitamina K na Maria enquanto ela mamava no meu colo, o Anthony acompanhava tudo de perto, pedia para terem cuidado com a irmãzinha dele, para não machucá-la, uma graça.
Quando o cordão parou de pulsar o pai veio cortá-lo, dessa vez acompanhado pelo primogênito, levaram a Maria para colocar a roupinha e eu aproveitei para me alimentar, em pouco tempo a família foi chegando para conhecer nossa boneca.
E assim, junto com os primeiros raios da manhã, exatamente às 07h13 nasceu nossa Maria Luíza, nosso segundo sol.
Toda minha gratidão primeiramente à Deus por me permitir ser mãe de dois anjos lindos e saudáveis.
Ao Anthony por me ensinar a cada dia como ser mãe, por me mostrar as delicias e as dores da maternidade, por despertar em mim o que há de mais belo, por me dar forças para enfrentar o mundo e os meus fantasmas.
À Maria Luíza por me escolher como mãe, por me mostrar que sou mais forte que meus medos, que os obstáculos, que sim eu sou capaz, que tudo bem falhar às vezes, por me mostrar que os planos de Deus são infinitamente melhores que os meus e que o amor é mesmo infinito. 
Toda minha gratidão também ao meu marido, meu companheiro, meu porto seguro, que sempre me apoiou e que pariu junto comigo, não soltou a minha mão em nenhum momento, seu abraço, suas palavras, seu amor, seu carinho me sustentaram quando eu estava sem forças, me fizeram ter coragem para prosseguir, você era o fôlego nos momentos críticos, o acalento no meio da dor, a calma na tempestade.
 À minha mãe por ser minha doula, meu suporte, por estar sempre ao meu lado, por me apoiar e acreditar em mim, por ser a mãe e a vó que é, por cuidar dos meus pequenos tão bem quanto eu, por sempre me socorrer quando eu preciso e por me ensinar o que é amor incondicional.
À minha irmã que também foi minha doula, minha fotógrafa oficial, conseguiu captar e registrar cada momento do parto com toda a emoção e verdade, que me defende, me apoia, cuida dos meus pequenos com todo amor e carinho e está sempre comigo, alguém em quem eu sei que posso confiar, minha companheira de vida.
Ao meu pai, que não estava fisicamente no parto, mas estava em oração e coração durante todo o tempo, por todo o seu amor e cuidado.
Aos meus avós por todo amor e apoio de sempre.
À minha tia Silvia pelo amor e pela torcida para que tudo desse certo.
À Adriana, à Camila, à Neli e à Ana Paula Caldas, por toda a competência, amor e carinho com que trabalham, por trazerem luz e acalento em cada encontro, que Deus dê à vocês muita saúde para que continuem com o lindo trabalho com as mães e bebês.
À Drª Mariana por exercer com tanto amor e cuidado a profissão, por me acolher sempre com tanto carinho e respeito, que Deus te abençoe muito e você continue sempre assim.
À todos os amigos, familiares e conhecidos que nos mandaram boas vibrações, que nos colocaram em suas orações, enfim à todos aqueles que se importam conosco, meu muito obrigada!

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Vem aí o Baby nº2!!!


No dia que completava 10 anos de namoro com o marido eis que descubro que o amor novamente faz morada em meu ventre.
Ciclos curtíssimos de 24,26 dias, uma única relação sem preservativo, que não foi no dia fértil, o Anthony me dizendo que tinha bebê na minha barriga e um amor que transborda.
Não foi planejado, foi um susto, mas é o susto mais lindo da vida.
E agora meu pequeno sol terá outro pequeno sol para lhe fazer companhia.
Meu céu agora tem dois sóis.
Nada de enjoo, só sono, cólicas bem fracas e seios incomodando, ahhh e muito muito medo.
Achei que na segunda gestação seria tranquilo, que eu tiraria de letra, mas cá estou eu, torcendo para chegar logo a 13ª semana, mentira!!! Tô mesmo é torcendo para chegar no nascimento e ter meu baby 2 nos braços, mamando muito!!!
Depois de ler o post da Gabi Ramalho finalmente algo começa a se transformar aqui dentro, o medo vai dando lugar ao amor e a certeza de que vai ser, vai ter de ser. Obrigada Gabi pelo post,abriu os olhos e o coração <3!
É isso pessoas vem aí o Baby nº2!
Beijos nossos!

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Criança não é mulher!

Ontem teve festa junina na creche, ganhamos um jogo de pega varetas e um conjunto com colar, brinco e pulseira (todo colorido), Anthony foi logo colocando o colar, assim como também ficou segurando o joguinho, afinal era dele, ele havia ganho no bingo, estava orgulhoso...rsrs
Minha mãe, meus avós estavam também na festa, todos comentando que o colar era de menina, de mulher, ao que o Anthony responde:
- Criança não é mulher!!!
Na cabeça dele, criança é criança, assim tudo igual, não tem é de menino ou é de menina.
Ao ouvir o meu filho falando isso morri de orgulho, fiquei muito feliz de ter um indicio de que estou no caminho certo, e que pelo menos um pouco, minimamente, estou contribuindo para transformar a sociedade =)

terça-feira, 24 de maio de 2016

Amnésia infantil!!!

Depois de comer chocolate (é, Anthony A-M-A chocolate) digo para o Anthony ir lavar as mãos, a pia é baixa, então ele alcança.
Ele volta para a sala com as mãos sujas:
- Filho você não lavou a mão?
- Ih mãe, esqueci de ligar a torneira!!!
Rsrsrs

terça-feira, 17 de maio de 2016

O pai e o filho

Ontem não estava muito bem e o Anthony com a corda toda, fato, fatissimo da maternidade, o dia em que você estiver mais cansada, doente, etc, será o dia em que seu filho tirará um “cochilo” de 4h30 durante a tarde…pode rir, eu sei que você se identificou com isso!
Pedi para o Anthony deitar comigo e me contar uma história, meia noite meu marido chegou e perguntou se ele não queria ir para a sala com ele, não só ele quis como foi todo feliz e saltitante (literalmente) para a sala.
Eles quebraram um pires, e combinaram que não contariam a ninguém…(ideia do Anthony), e não contaram mesmo, eu que ouvi a conversa entre as cochiladas.
Brincaram de montar.
Assistiram desenho.
Riram, conversaram e se divertiram muito.
Ontem eles estreitaram os laços, reforçaram os elos e me fizeram derreter de amor.
Fui dormir com o coração leve e cheio de gratidão, por poder assistir de pertinho o quão linda é a construção do relacionamento entre um pai e um filho e o quanto meu marido tem se esforçado para ser um pai melhor a cada dia.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Vou te sarar...


Brincando no quintal com a Lucy (nossa SRD), o Anthony acertou uma bolinha em mim, dessas bem duras:
- Ai filho você me machucou! , e doeu mesmo...
- Vou te sarar mãe! -
E começa a me dar um monte de beijos bem estalados!
Quem é que não sara com um monte de beijos bem estalados?! Rsrsrs